Dia desses cheguei em casa e minha mãe correu para me contar sobre um programa que havia gravado para mim. Era um episódio de "Escola de Culinária", da programação "Bem Simples", da Fox Life. Nunca tinha assistido e só botei fé porque mamãe chef disse que havia sido ótimo. Para minha alegria, se tratava de um programa dedicado à confeitaria clássica. Foram duas receitas de babar, uma delas era o Angel Food Cake. Você já ouviu falar? Eu nem sabia do que se tratava, mas quando o vi foi como se o cupido tivesse acertado meu coraçãozinho.
Muito comum nos Estados Unidos e na Inglaterra, o Angel Food Cake leva esse nome tão natalino por conta de sua leveza e pureza, sendo conhecido como o alimento dos anjos. É bem provável que até os anjos adorem mesmo, porque essa receita definitivamente caiu do céu. Branquinha, fofa, delicada e surpreendente, o Angel Food Cake é uma excelente pedida para uma manhã de Natal, já que, tradicionalmente, não leva se quer um recheio.
No "Escola de Culinária", o bolo foi recheado com um musseline de laranja lindo que eu infelizmente não consegui fazer (explico logo mais). Por isso, resolvi fazê-lo quase como uma sobremesa da ceia da Noite Feliz, recheado com chantilly misturado com geléia de frutas vermelhas. O legal de rechear o Angel Food Cake é que ele tem uma forma só pra ele, bem alta, como essa aqui. Assim, foi possível cortá-lo em três camadas tranquilamente. E fica diferente de qualquer outro bolo... Ele merece ser especial mesmo.
Para fazer esse bolo lindo, vai precisar de:
- 06 claras
- uma pitadinha de cremor de tártaro
- 100g de açúcar
- 50g de amido de milho
- 50g de trigo
- uma pitadinha de sal
- 1/2 colher de chá de fermento em pó
Pois bem, antes de explicar como fazer a receita, um detalhe importante: essa é a metade da receita que peguei no programa porque a forma que tenho é pequena (com 17,5 x 11,25 cm), mas ficou perfeito. Outra coisa importantíssima é que a forma do Angel Food Cake não pode ser untada e enfarinhada. Isso mesmo! Não estranhe e siga à risca! A única coisa que você terá que fazer é cortar um pedaço de papel manteiga no formato exato do fundo da forma, passar manteiga no fundo e "colar" esse recorte em cima. E só! Isso é para que seu querido bolo saia lindo e perfeito.
Bata as claras com o cremor de tártaro (eu encontrei numa lojinha que vende produtos para festas e doces) até espumar bem. Neste ponto, junte o açúcar aos poucos, como se fosse uma chuva branca em um dos lados da batedeira - sem parar de bater. Desligue a batedeira quando estiver com um merengue de picos moles (é só tirar o batedor e ver que estará grudado um pouco de merengue, formando um pico bem maleável, que se mexe bastante quando sacode o batedor de um lado para o outro). Acrescente o amido, o trigo, o sal e o fermento em pó peneirados e misture com um fuê, mexendo delicadamente para não perder o volume, puxando o fundo pra cima até que esteja homogêneo. Coloque na forma (não precisa ficar ajeitando muito a massa na forma, ela se ajeita no forno) e leve ao forno pré-aquecido em 180°C por cerca de 40 minutos.
Agora, atenção: não fure o bolo! E, principalmente, depois de tirá-lo do forno, em nenhuma hipótese passe uma faca nas laterais para soltar o bolo da forma. Isso irá enrrugar o Angel. Deixe-o descansando, sem encostar nele se quer, por ao menos 1h30. O bolo encolherá naturalmente e se soltará da forma sozinho. Depois, é só colocá-lo virado no prato de sua escolha e ele cairá quando quiser. Sim, ele é temperamental. O legal é que a própria forma do Angel Food Cake te ajuda nessa hora: ela tem uns pezinhos pra fora para que você veja quando o bolo se soltou.
Como disse, o recheei com chantilly misturado com geléia de frutas vermelhas. A geléia era caseira e foi feita meio de olho, mas usei algo como uma caixa de morango e uma caixinha de amoras. Bati as frutas no liquidificador e levei ao fogo com 3/4 de xícara de açúcar, mais ou menos. É só mexer de vez em quando para não queimar e quando estiver num ponto de geléia, tirar do fogo e deixar esfriar. O chantilly, por conta do calor de outro mundo que está em Niterói, foi o industrializado da Vigor, que aguenta melhor que eu o bafo quente dessa cidade. Peguei um pouco da geléia e misturei com o chantilly até ficar num tom rosa. Então, dividi o bolo em três partes e o recheei. Decorei com um merengue (1 xícara de açúcar e 1/2 xícara de claras. Leve ao fogo, misturando sempre, até ficar morno. Não deixe ferver e nem permita que as claras endureçam. Para descobrir se está na temperatura certa, coloque um pouco nas costas da mão. Se tiver quente, mas ainda suportável, tire do fogo, coloque na batedeira, acrescente um bocado de suco espremendo quase toda a metade de um limão pequeno e deixe batendo por 10 minutos), joguei o resto da geleia por cima e detalhei com cerejas in natura (mais Natal impossível).
Lindo e delicioso, o Angel Food Cake é uma luz na mesa de Natal. É tão fofo e delicado, impossível não se apaixonar. E, olha, ele merece recheios e coberturas leves para não estragar tanta pureza. Eu senti que estava nas nuvens em cada garfada... Acho que os anjos ficaram até enciumados, ou andaram assaltando minha geladeira - o bolo acabou num piscar de olhos.
(post retirado do blog Projeto Wonka, de Debbie Vasconcellos ou Debbie Wonka - como preferir)
tudo que você faz fica gostoso :)
ResponderExcluiramei o fds amiga!!
Beijos
:******
q bolo liiindooo!!! pena q a foto não tem sabor! tá de dar água na boca!
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